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Caso de coqueluche registrado em Barra Velha levanta alerta para necessidade da vacina

A confirmação de um caso de coqueluche em Barra Velha neste ano de 2024 acendeu o alerta com relação à prevenção da doença – enfermidade respiratória altamente contagiosa que pode ser evitada por meio da vacinação. Segundo a secretária de Saúde de Barra Velha, Lilian Ramos Gervasi, o alerta se deu porque em 2023 não houve registro da doença na cidade – a coqueluche é popularmente conhecida como tosse comprida.

Segundo Lilian, a infecção vem gerando preocupação em escala global nos últimos meses, após alertas da Organização Mundial da Saúde – OMS e da Diretoria de Vigilância Epidemiológica estadual – DIVE/SC, em 25 de outubro deste ano.

Apesar de ser apenas um caso, esse aumento real de 100% demonstra a necessidade de falar sobre o assunto: “Os dados demonstram que não estamos conseguindo alcançar uma parcela da população com as vacinas. Estes imunizantes são ofertados no Calendário Nacional de Vacinação e para gestantes em todas as Unidades Básicas de Saúde – UBSs do município”, completa Lilian.

A médica Marina Betiolo, diretora clínica do Pronto Atendimento (PA 24 horas), destaca: “Os sinais e sintomas da coqueluche são parecidos com os de um resfriado simples e incluem coriza, febre baixa e tosse leve. Após uma e duas semanas surgem crises de tosse intensa, seguidas por um som agudo ao respirar, pacientes infectados podem transmitir a doença ao espirrar ou tossir”, complementa Marina.

A enfermidade se agrava com mais facilidade em crianças recém nascidas, e pode levar ao óbito do bebê. A pediatra Laura Zimmermann explica os motivos dessa propensão: “Isso acontece pois o sistema imunológico ainda é muito imaturo e não desenvolveu células de defesa suficientes para combater essa e muitas outras doenças. Por isso é importante a vacinação das gestantes a partir da vigésima semana de gravidez”, reforça Laura.

O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza três tipos de vacina contra a coqueluche. A Pentavalente e a DTP são direcionadas para bebês e crianças com idade até quatro anos Já para as futuras mamães é indicada a DTPA. Esta última, segundo painel online do Ministério da Saúde, é a que possui menor índice de cobertura vacinal no município, com apenas 54,53% da meta de 95% a ser alcançada.

 

Imagem: Tomaz Silva / Agência Brasil / Divulgação.